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lunes, 23 de septiembre de 2013

Ronald Augusto "Muchos confunden mi blog con una página porno"


por Lucas García



Ronald Augusto (Rio Grande, 1969) vive en Porto Alegre, una de las grandes urbes brasileñas más próximas a nuestro país. La ciudad es más grande que Rosario, aunque no tanto. Como aquí, se reparten las pasiones futbolísticas entro dos grandes clubes (Internacional y Gremio). También Porto Alegre está abrazada por un río, el Guaíba; pero cuando le pedimos a Ronald que nos describa su ciudad en pocas palabras, escribe: "Porto Alegre é uma cidade que tem um muro que a separa do seu rio" (“Porto Alegre es una ciudad que tiene un muro que la separa de su río”).

Como se ve seguido por televisión, cada vez que un periodista argentino pregunta en castellano a un jugador de fútbol brasileño, este responde en portugués. Ese es el formato en el que se mueve esta entrevista ("Aí vão as respostas, espero que esteja claro", advierte Ronald, a poco de partir para Argentina). A pesar de ser distinto al nuestro, cualquiera que se lo proponga puede entender el idioma del país vecino. Para aquellas palabras desentrañables disponemos de este traductor on line.  


— Qué lectura (texto, película, música) o experiencia te llevó a escribir poesía? ¿Qué gatilló el poema? ¿Qué edad tenías? ¿Provenías de un ambiente familiarizado con la poesía o la literatura?
Recordo duas experiências decisivas que me levaram à atividade poética: (1) ouvir minha mãe lendo seus poemas, eu tinha 12 anos de idade; e (2) e descoberta da poesia do grande poeta Manuel Bandeira, mestre do Modernismo brasileiro da década de 1920 do século passado. 



— ¿Cuál es tu proceso de escritura? ¿Tenés un método, un horario, un lugar? ¿Te acompañás con lecturas?
Posso resumir meu processo de escrita dizendo que meus poemas são produto de constantes anotações. Tenho especial interesse pelas tensões de som e sentido que estão na base da formação do poema. Não tenho horario para escrever, escrevo sempre que possível. E sempre estou envolvido com  leituras.


— ¿Quién, de entre los invitados del festival, te gustaría que te lea? ¿Cómo es tu relación con el festival?
É a primeira vez que participo do Festival, estou muito curioso para acompanhar todo o funcionamento. Será um grande prazer rever o poeta e amigo Gervasio Monchietti, ele foi de fundamental importancia para a minha participação no Festival.


— ¿Contra qué o contra quién escribís? ¿Qué autor de la contemporaneidad te parece sobrevaluado?
Contra a convenção e o cansaço, contra a poesía poeticamente correta, contra o preconceito racial, contra a simplificação do que quer que seja, contra a literatura que capitula às imposturas do mercado. Mia Couto me parece um escritor sobrevaluado.


— ¿Cuál fue "el" momento poético que hayas vivido en las últimas horas?
Nas últimas horas não vivi nenhum. O sentido de “momento poético” para mim se traduz na realização objetiva desse objeto verbal chamado poema. Se não há um poema, não há, portanto, um momento poética. Mas, sem dúvida, experimento muitos momentos agradáveis, aliás, não há um só dia em que eu não os experimente.


— ¿Qué libro o autor contemporáneo recomendarías?
Recomendo o libro A educação pela pedra de João Cabral de Melo Neto.

— ¿Qué es lo que más te sorprendió encontrar al buscar tu nombre en Google?
O fato de muitos internautas desavisados acharem que meu blog é uma página de pornografía. O título de meu blog é Poesia-pau.  Uma das acepções de “pau” em portugués é carajo.


— Sos poeta y músico, ¿qué sensaciones distintas experimentás con respecto a una y a otra? ¿Qué diferencias hay entre un recital de poesía y uno de música? ¿La poesía que se transforma en canción tiene que cumplir algún requisito para poder hacerlo?
A música apela mais aos aspectos corporais; a palabra na canção é “palabra voando” como ha dicto Joyce. A palabra no poema é mais mental que corpórea, me parece. Mas o poema enunciado à viva voz é de fundamental importancia. O poema está mais cercano dos prazeres da demora, do quase silêncio. Já a música (a canción) tem uma relação mais estreita com os prazeres da velocidad. A poema que se transforma em canción, não é mais poema, no Brasil diríamos que ele se transforma em “letra de música”.


Más sobre Ronald en su blog, Poesía-pau, y en su sitio de poesía y crítica literaria: Sibila.

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